
Moro a mais de 1500 km de distância da minha mãe e tenho 36 anos, mas quando estou doente... Dá uma saudade daquele colo... Nos vemos em média duas vezes por ano; nosso reencontro é sempre festivo, alegre, gostoso, confortante.
Imagine mãe e filhas que passaram 16 anos sem ter qualquer contato.
O drama foi mostrado no BATV, telejornal da TV Bahia, no mês passado. D. Leilza morava no interior do Paraná com as 3 filhas, Raquel, Gisele e Fabiana. Não suportou a intensidade das agressões físicas que sofria do marido e fugiu de casa. As meninas e o danado do pai foram para São Paulo, onde ele morreu cinco anos depois. Eis que surge um baiano na vida de Raquel e as irmãs sem-mãe se mudam todas para Dias D'Ávila, na região metropolitana de Salvador. Onze anos atrás, por incentivo do tal baiano, a família começou a odisséia em busca da mãe-perdida. As filhas só tinham como lembrança de D. Leilza uma foto antiga. Com a ajuda da internet - sempre ela - localizaram a mãe-amada em São José dos Pinhais, no Paraná. Raquel diz que nunca deixou de pensar na mãe, numa atitude que demonstra uma certa inversão de papéis; ficava preocupada com a alimentação e o bem estar da mãe, imaginando se ela estaria bem, agasalhada...
Coisas de um amor visceral. Aos 50 anos, D. Leilza recomeçou a vida ao lado da nova família. No primeiro dia juntas depois de quase 20 anos, mãe e filhas choraram, grudadas, a saudade que só o tempo vai apagar.
Mamma, tô com saudade de você.
4 comentários:
E pensar que muitas antigas histórias parecidas não tiveram esse final, marcelo, quando os limites, as divisas e froteiras eram muita mais afastadas sem a Internet.
A internet veio pra mudar tudo. Veja o caso do nosso blogue.
Estive com a minha mãe neste feriado prolongado. Ela mandou um beijão pro pessoal do blog.
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