
Como eu estava meio sonolento por causa do friozinho, da chuva incessante e interminável espera pelo ônibus - jurei que a linha tinha sido extinta exatamente nesta quarta-feira - só pensei numa coisa: - por que é que esse povo protesta tanto se é no voto deles onde começa a coisa errada?
Enfim, segui. Comprei um pacote de cookies para não passar fome durante sete horas no trampo e fui para a labuta. Lá descobri, além de que aquela menifestação era o fato o dia, quais os motivos de tudo aquilo. Pois bem, são tantos que nem dá para escrever aqui. Estudantes, funcionários públicos, sindicalistas, integrantes de movimentos sociais; todos estavam tão juntinhos pelo sagrado direito de protestar, que, no caso de muitos, é sinônimo de existir.
E juntos eles seguiram pela Avenida Paulista bloqueando o trânsito. E juntos eles desceram pela Brigadeiro Luiz Antônio - do lado do meu trabalho - gritando palavras de ordem. E juntos eles chegaram na Assembléia Legislativa e, literalmente, tascaram o pau... O pau, a pedra, o saco de lixo, a placa de trânsito. Nada foi poupado. Os policiais revidaram com cassetetes e gás de pimenta (arde? coça?). Tudo para acompanhar a votação de um projeto de lei que cria um fundo previdenciário estadual. Ué? Aposentadoria para funcionários públicos, tudo bem, mas e os estudantes? Queriam só defender seu direito de reclamar? E o MST? queria a(po)ssentar. E os servidores do Banco Central? Será que é de lá que vai sair o dinheiro para pagar o seguro social e eles vão ter que fazer hora extra?
Hummm, vou ter que pensar a respeito...